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Presença feminina no mercado de integração cresce em 2022

Greener aponta que a área administrativa/financeira/RH continua como o setor com o maior número de mulheres

Por: Mateus Badra

Estudo Estratégico de Geração Distribuída da Greener apontou que, depois de dois anos de estabilidade, em 2022 a representatividade de colaboradoras mulheres subiu de 21 para 24% nas empresas integradoras.

De acordo com a consultoria, 43% das companhias respondentes informaram que as mulheres representam até 10% do quadro de colaboradores. No entanto, 6% dos respondentes declararam não ter nenhuma colaboradora mulher no ano passado.

“Empresas com maior igualdade de gênero, onde possuam mais do que 51% de colaboradoras mulheres, representam 4,4% das companhias”, apontou a pesquisa.

Gráfico: Greener

Qual área possui o maior número de mulheres?

O relatório da Greener destacou que a área administrativa/financeira/RH continua como a principal área com maior número de mulheres reportadas pelas empresas.

Gráfico: Greener

Presença de mulheres em cargos de liderança aumenta

Um estudo realizado pela Grant Thornton, com base em dados de 2022, mostrou que a presença de mulheres em cargos de liderança passou de 25%, em 2019, para 38%, no ano passado.

A tendência demonstra que as empresas e grandes corporações tem mudado seu mindset e estão implementando ações concretas para reverter o cenário de desequilíbrio. Entre as companhias, por exemplo, é a Solarprime.

De acordo com a direção da rede, o número de mulheres em cargos de liderança, em dois anos, aumentou cerca de cinco vezes, registrando um aumento de 500% na presença de mulheres em postos de chefia.

“Empresas do segmento de energia solar tem como cultura um público majoritariamente masculino, e creio que estamos na contramão dessa tendência, implementado ações concretas para mudar esse panorama”, afirmou Raphael Brito, sócio e fundador da Solarprime.

“Atualmente, temos seis mulheres em cargos de liderança, sendo quatro da área técnica. A previsão é que esse número aumente”, enfatizou Brito. No total, a Solarprime possui 131 funcionários, sendo 42% dos cargos ocupados por mulheres, com 32% em cargos mais técnicos.

“Acreditamos em uma sociedade igualitária e temos conquistado excelentes resultados com a presença feminina em cargos e posições estratégicas, o que demonstra que estamos no caminho coerente e que contribui com o nosso crescimento”, finalizou.

Na visão de Mayara Dias Bouças, gerente de Recursos Humanos da Solarprime, o aumento no número de lideranças femininas na companhia se deve ao pensamento desconstruído da diretoria da empresa.

“O mercado de energia solar é majoritariamente ocupado por homens, principalmente, em cargos mais técnicos como, por exemplo, na engenharia. Porém, na Solarprime esse cenário vem mudando e atualmente temos 32% dos cargos técnicos ocupados por mulheres. Isso prova que a diretoria analisa muito mais o perfil e capacidade técnica do que o sexo dos colaboradores”, pontuou.

A coordenadora de Recursos Humanos, que começou na Solarprime como assessora jurídica, acredita que o caminho para o aumento da liderança feminina não é tarefa fácil.

“Para chegarem à liderança e se manterem, as mulheres têm uma dupla barreira para enfrentar: uma é ser líder e mulher e a outra é que precisam, além de provarem sua competência, se impor mais para garantir sempre respeito e dignidade”, reforçou.

Mundo levará 132 anos para que haja uma paridade completa

Segundo a 16ª edição do Global Gender Gap Index, estudo sobre desigualdade de gênero no mundo divulgado recentemente, no ritmo atual de progresso, o mundo levará 132 anos para que haja uma paridade completa entre homens e mulheres.

Na Unicoba são 670 funcionários, onde 52% das pessoas colaboradoras são mulheres e 48% homens, com 36% dos cargos de gestão ocupados por mulheres. Entre essas colaboradoras que ocupam um cargo de gestão na empresa está Andrea Terranova, diretora de Controladoria e Finanças na Unicoba.

Para ela, a importância de uma mulher ocupar o cargo de liderança é mostrar que a cultura da empresa é inclusiva, justa e incentivada pela alta gestão para proporcionar um ambiente de trabalho cooperativo e mais diversos.

“Além disso, diversidade traz inovação pois temos profissionais com vivências e pontos de vista diferentes contribuindo para soluções múltiplas para os problemas”, comentou.

Já George Fernandes, CEO da Unicoba, disse que a equidade de gênero na companhia assegura que mulheres e homens, em toda a sua diversidade, tenham as mesmas condições e oportunidades para realizar plenamente seu potencial, além de contribuírem para o desenvolvimento da empresa e se beneficiarem com os resultados.

Fonte: https://canalsolar.com.br/presenca-feminina-no-mercado-de-integracao-cresce-em-2022/

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