Presença cada vez mais consolidada da fonte nas carteiras de instituições de microcrédito compravam afirmação
Autor: Henrique Hein
Os seguidos aumentos no valor da conta de luz impulsionam a procura por painéis fotovoltaicos e levam a alternativa a um novo nicho de usuários. Segundo dados da ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica), os investimentos em projetos fotovoltaicos ultrapassaram a marca dos R$ 30 bilhões em 2023.
Com a popularização da fonte, também tem aumentado o interesse de um novo público pela tecnologia, com menor poder aquisitivo, e que pode ser comprovado pelo aumento na carteira de instituições de microcrédito, que atendem em sua maioria pessoas desbancarizadas.
Em 2022, o Banco da Família, com sede em Lages (RS), registrou 126% de aumento no volume de financiamentos para projetos de energia solar com relação a 2021. Até os primeiros dias de julho deste ano, o volume já é quase 75% do total emprestado em todo o ano passado.
“Temos casos de clientes que já estão investindo em painéis solares pensando na aposentadoria, porque as pessoas estão entendendo que vale a pena o investimento”, destaca Elaine Amaral, diretora do Banco da Família.
A costureira Neusa Jeremias é uma dessas pessoas. Ela conta que pegou um empréstimo de R$ 15 mil para reduzir os custos com energia elétrica, decorrentes do uso de equipamentos para seu pequeno negócio, instalado dentro de casa. Os gastos mensais com energia caíram de R$ 460,00 para menos de R$ 100,00.
Para expandir rapidamente a venda das placas solares, o Banco da Família informou que firmou recentemente uma parceria com empresas que fornecem o produto. Uma delas é a NeuStrom, também de Lages.
O empresário Guilherme Schwedler, um dos sócios da entidade, confirma a mudança no perfil dos consumidores. “Desde o ano passado, identificamos um aumento do número de clientes de menor porte, diferente de 2021, quando atendemos sistemas maiores. Em 2023, a tendência por projetos menores se mantém”, afirmou ele.